domingo, 2 de maio de 2021

Vozes e vultos


"Things heard and seen", de Shari Springer Berman e Robert Pulcini (2021)
Adaptação do livro escrito por Elizabeth Brundage "All Things Cease to Appear", "Vozes e vultos" é um drama de suspense sobrenatural que tem muitos pontos que o aproximam de "O iluminado", de Kubrick: uma família- casal e filha pequena- se mudam para uma casa de campo afastada. O marido, carinhoso, aos poucos passa a apresentar atitudes estranhas e violentas e no final se utiliza de um machado. Mas infelizmente "Vozes e vultos" está bem longe de seu filme de referência. Fico pensando o porquê de se fazer um filme com uma trama tão modesta e repleta de lugares comuns ter mais de duas horas de duração. E mais, os 20 minutos finais são odiosos, sem noção, um desperdício de personagens e uma resolução de trama apressada e resolvida na base do sobrenatural.
George *James Norton) e Catherine (Amanda Seyfried) foram um casal aparentemente feliz, moradores de Manhattan, com uma filha pequena, Franny. George recebe um convite para lecionar em uma Faculdade como professor de arte em uma cidade pequena e afastada, levando Catherine e Franny com ele. Catherine abdica de toda sua vida para seguir com George, mas ao chegar na nova casa, percebe que talvez tenha cometido um erro. Ela contrata dois irmãos, Eddie e Cole, para cuidarem de sua casa, sem saber que ambos estão conectados 1a casa, onde uma esposa foi assassinada pelo marido. Aos poucos, Christine percebe que a casa pode estar mal assombrada.
Não fosse o talento de Amanda Seyfried, o filme não teria grande chamariz, afinal, é óbvia a história já contada tantas vezes na franquia de "Amityville", por exemplo. F Murray Abraham está muito mal aproveitado. James Norton está correto. O filme vale como passatempo, mas tivesse 20 minutos teria sido mais dinâmico e interessante.

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