"The woman in the window", de Joe Wright (2021)
Esse é o caso de filmes onde no final a gente diz "Mas valeu pelo elenco". e é verdade: um filme que reúne Amy Adams, Juliane Moore, Gary Oldman e Jennifer Jason Leigh não pode passar incólume, nunca. Ainda mais se o diretor for o premiado Joe Wright, que realizou os excelentes "Desejo e reparação", "orgulho e preconceito", "Hannah" e "O destino de uma nação", o que até explica a presença de Gary Oldman aqui no filme. O problema é que com exceção de Amy Adams, que é a protagonista, todos os outros estão muito mal aproveitados. Fora que o roteiro é cheio de reviravoltas óbvias, que nem surpreendem. O filme é adaptação do livro de A.J. Finn, e narra a história de Anna (Adams). uma psicóloga infantil que após um trauma, mora sozinha em um apartamento, e ainda sofre de agorafobia, o medo de sair de casa. Ela é separada do marido que levou a filha pequena. Anna observa da janela os seus vizinhos da frente, os Russel, que se mudaram há pouco: Allistair (Oldman), Jane (Moore) e o filho adolescente, Ethan. Jane e Ethan visitam Anna separadamente. Mas quando Anna testemunha um crime na frente, ela tem a sua insanidade colocada à prova.
Impossível não associar o filme à "Janela indiscreta", "O sexto sentido" e outros clássicos do suspense. O filme não traz elementos novos que de fato surpreendam, pois as referências são tantas que se tornam óbvias. O filme tem ótima parte técnica, mas o roteiro ficou no meio do caminho de trazer algo que de fato surpreenda. Todos agem de forma estranha, ficando aquele clima de "quem é o assassino", mas o roteiro explora tão pouco cada um que não dá chances e criar qualquer tipo de empatia. O filme aproveita e coloca como pano de fundo o "gaslightining" e o "Mansplanning", explorados através da personagem de Anna.
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