segunda-feira, 3 de maio de 2021

O assassino ainda está entre nós


"L'assassino é ancora tra noi", de Camillo Teti (1986)
Um raro e obscuro giallio italiano, baseado em história real. Em 1968, um serial killer agia em Florença assassinando casais que faziam sexo dentro de carros ou em acampamentos. Conhecido como "O monstro de Florença", foi uma das influências de Thomas Harris para escrever o personagem de Hannibal Lecter. O assassino mutilava com requintes de crueldade as mulheres.
O filme, esquecido, é um dos giallios mais perturbadores que existem, por não ter uma estética visual como as de Dario Argento, mas tendo um realismo crú, quase documental. Uma das cenas mais apavorantes e proibidas do cinema está aqui: uma vítima tem os seios arrancados e a vagina dilacerada.
Christiana Marelli é uma jovem criminologista que escreve uma tese sobre "O monstro de Florença". Ela namora o médico forense Alex, que recomenda a ela não continuar com a tese. Crimes continuam acontecendo, e Christiana passa a desconfiar que seu namorado seja o assassino. Para tira a dúvida, ela vai até uma sessão espírita para tentar conversar com as vítimas.
Com uma atmosfera suja, e fotografia granulada e escura, o filme dá um tom de filme de terror, e mesmo tendo poucas mortes, cria um clima de tensão constante. Não é uma obra-prima, mas certamente tem elementos que o fazem ser um cult maldito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário