sábado, 3 de abril de 2021

Violação


"Violation", de Dusty Mancinelli e Madeleine Sims-Fewer (2020)
O filme mais polêmico dos Festivais de Sundance e Toronto, "Violação" é um drama de terror premiado em diversos Festivais.
Com cenas de sexo explícito e terror gore, na linha de "Jogos mortais", foi escrito, dirigido e protagonizado pela atriz Madeleine Sims-Fewer, com co-direção de Dusty Mancinelli.
O filme faz parte do sub-gênero de terror de mulheres estupradas e que depois se vingam de forma violenta de seus algozes. Dessa linha, temos a famosa franquia "Doce vingança", onde as cenas de tortura e assassinato fizeram o filme original, de 1077, ser proibido em dezenas de países.
Nesses filmes, homens não prestam, são tóxicos, provocam gaslighting e mansplanning. Não tem meio termo, não há humanidade, apenas crime e castigo. E fãs do gênero alucinam, adoram, batem palmas à cada cena de tortura e assassinato.
Mas a grande diferença em "Violação" é a forma como o casal de cineastas apresentam o filme. O filme tem uma atmosfera de filmes de Lars Von Triers, artístico, estilizado, mesclando detalhes em natureza, câmera lenta, ambiente surreal e uma narrativa desconstruída que fizeram os críticos ovacionarem o filme, mas o público simplesmente detestar. A platéia reclamou da narrativa lenta, da narrativa confusa pelos vai e vens da trama que misturam presente e passado, e pelos planos longos com diálogos excessivos. Muitos reclamaram do excesso de exposição da nudez masculina, incluindo pênis ereto e masturbação. Nesse caso, uma clara opção dos diretores em subveeter a exposição e objetificação do corpo feminino, substituindo pelo masculino. O elenco, principalmente Madeleine Sims-Fewer, no papel principal, e Jesse LaVercombe, pelo corajoso e visceral personagem,

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