"Jumbo", de Zoé Wittock (2020)
Premiado drama de realismo fantástico, concorreu em Sundance, Berlin, Sitges e outros importantes Festivais. O filme, escrito e dirigido por Zoé Wittock, tem uma narrativa que lembra "Ela", de Spike Jonze: e quando um ser humano se apaixona por uma máquina?
Jeanne (Noémie Merlant) é uma jovem que mora com sua mãe, Margarette (Emmanuelle Bercot). Jeanne tem traços de autismo, e a sua mãe a super protege de tudo e de todos. Margarette arruma um emprego para Jeanne em um parque de diversões como faxineira. Ao limpar uma das atrações, um enorme carrossel, Jeanne acaba se apaixonando por ele. Marc, o administrador do parque, procura flertar com Jeanne, mas ela só tem olhos para Jumbo, o nome que ela deu ao carrossel.
O filme poderia perfeitamente ter sido dirigido por Spike Jonze, ou Michel Gondry, e até mesmo Jean Pierre Jeunet, diretor de "Amelie Poulain", outro filme que é lembrado aqui, principalmente no visual de Janne, muito semelhante ao de Audrey Tautou, que interpretou Amelie. É estranho e bastante bizarro, mas tratado pela cineasta comm muita seriedade, e é isso que faz com que o filme ganhe contornos melodramáticos. A protagonista é vista pelas pessoas como maluca, a mãe se convence disso, e a cada vez mais, Jeanne se fecha em seu mundo particular. Bem fotografado, com é ótimos efeitos da máquina. "Jumbo", mesmo não sendo o filme que as pessoas esperam para um passatempo romântico, tem suas qualidades estéticas e uma coragem de abordar um tema em um filme bem criativo. Noémie Merlant, de "Retrato de uma mulher em chamas", está excelente em um difícil papel.
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