quarta-feira, 21 de abril de 2021

Jones, o faixa preta


"Black belt Jones", de Robert Clouse (1974)
Clássico do Cinema Blackexploitation, uma divertida galhofa que mistura Máfia italiana, lutadores de kung fu negros e muito humor pastelão. O cineasta robert Clouse ficou famoso por dirigir dois dos maiores sucessos de Bruce Lee, os blockbusters "Operação dragão" e "Na mira da morte". Em 1973, em 'Operação dragão", o ator negro Jim Kelly, lutador de kung fu, fez tanto sucesso, que mereceu, um ano depois, um filme solo, dirigido pelo mesmo cineasta. Assim veio "Jones, o faixa preta", que ainda rendeu uma continuação.
Jones (Kelly) é acionado pelos amigos que lutam kung fu na academia de Papa, um idoso negro professor da luta, que a máfia italiana e negra estão querendo cobrar uma dívida. Papa acaba sendo morto. Sua filha, que não o via há 20 anos, Sidney (Gloria Hendry), retorna para vingar a morte do pai. Ela, que foi treinada pelo pai quando era criança, é faixa preta, e junto de Jones, resolvem botar pra quebrar.
O filme tem uma trilha sonora incrível, repleta de soul e funk. A sonoplastia das porradas é hilária, com um som intensificado. Muitas cenas antológicas, como a da praia, com Jones e Sidney em um love repleto de porrada; a cena que Jones pede para Sidney lavar a louça e ela dá tiros na louça; e certamente, a cena final, com a luta da máfia negra e italiana contra Sidney e Jones em um lava jato, repleto de espuma. Jim Kelly, ao contrário dos outros filmes blackexploitation, que exploravam a objetificação do corpo feminino, tem o seu corpo explorado, passando boa parte do filme só de shorts. Um filme que é um passatempo certo regado à muita pipoca e gargalhadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário