"The white tiger", de Ramin Bahrani (2020)
Adaptado da obra escrita em 2008 por Aravind Adiga, "Tigre branco" é um drama indiano de humor negro no melhor estilo irmãos Coen. O filme é uma parábola sobre o bem e o mal, sobre se corromper para alcançar o seu objetivo. A metáfora do título é: A cada geração, um tigre branco nasce. Raro, feroz, esperto.
Balram (Adarsh Gourav) é um jovem nascido em um vilarejo pobre da Índia. Morando com seu pai e sua avó e mais uma dezena de parentes, Balram sempre fi inteligente. Criança, ele ganha uma bolsa de estudos para estudar em Deli, mas esse sonho de construir um futuro melhor foi destruído: sua avó o obriga a trabalhar com seu pai. Já adulto, Balram decide mudar seu destino: vai se oferecer como motorista particular de uma família rica. Ele acaba sendo o 2o motorista e vai dirigir para o filho do patrão, Ashok (Rajkummar Rao), que acabou de vir dos Estados Unidos junto de sua noiva, Oinky (Priyanka Chopra). Balram é maltratado pela família, pois segundo ele próprio diz, na Índia só existem duas castas: a dos pobres e a dos ricos. Balram decide então que deve almejar ser parte da casta superor.
É inevitável a comparação do filme a "Parasita", o super premiado filme sul coreano. O conflito de classes, a mudança do gênero da comédia para o drama e suspense, e a excelência técnica. O que também os aproxima são os ótimos atores que dão vida a personagens ricos e bastante complexo de camadas. O filme é longo, quase 3 horas de duração. Mas vale ser visto pela sua total falta de moral.
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