terça-feira, 13 de abril de 2021

O mundo de Glória


"Gloria Mundi", de Robert Guédiguian (2019)
Confesso que não sou apaixonado pela filmografia do cineasta francês Robert Guédiguian. Mesmo assim assisti a quase todos os seus filmes, sempre protagonizados por sua esposa na vida real Ariane Ascaride: "Marie Jo e seus doia amores", "As neves de Kilianjaro", "O fio de Ariane", "A cidade está tranquila", entre outros. Seu cinema humanista, naturalista e refletindo a sociedade em que vivemos, geralmente, assim como os irmãos Dardenne, abraçando a causa dos marginalizados pela sociedade.
Em "O mundo de Glória", tudo gira em torno do nascimento da filha de um jovem casal, Gloria. Os pais, os avós, são todos proletários: a mãe é vendedora de uma loja de roupas femininas; i pai é motorista de Uber e é ameaçado por taxistas na cidade de Marseille; a avó (Ascaride) é faxineira de um hospital; o avô é motorista de ônibus. Nesse microcosmo do mundo da classe média baixa, todos passam necessidade financeira, são demitidos, fazem greve: como sustentar uma bebê? A resposta vem da humanidade do pai da mãe, que sai da prisão após anos. É ele quem vai trazer esse olhar humano sobre aqueles que do lado de fora, perderam a noção de amor ao próximo.
Guediguian dirige bem seus atores, inclusive Ascaride ganhou o prêmio de melhor atriz em Veneza 2019. Mas os temas de seus filmes já se tornaram bem repetitivos, até porquê, ee costuma trabalhar sempre com o mesmo elenco.

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