"Honeydew", de Devereux Milburn (2020)
Exibido no Festival de Tribeca, o terror "Néctar" teve como maior chamariz o fato de seu protagonista, Sawyer Spielberg, ser filho de Steven Spielberg.
O filme traz pela milésima vez uma família de canibais na América rural. A diferença é que aqui, o roteirista e cineasta Devereux Milburn mistura o clássico "O massacre da serra elétrica" ao conto infantil "João e Maria", tudo em um tom estilizado e autoral, de acordo com o código do "neo-terror" , uma onda cinematográfica que sacudiu o gênero com uma pegada mais art house, proveniente dos cults "Ca corrente do mal" e "Hereditário".
Rylie (Malin Barr) é botânica e está fazendo uma pesquisa para um trabalho, coletando fungos em trigos da região. Seu namorado Sam (Sawyer Spielberg) é ator e a está acompanhando na jornada. Quando o carro deles quebra o caminho, eles procuram ajuda em uma casa isolada. Sua dona, Karen (Barbara Kingsley) mora sozinha com o filho Guni, mudo e aparentemente demente. Karen pede para que passem a noite em sua casa, e os alimenta com doces e comida. O casal passa a sofrer de alucinações e quando acordam, descobrem que estão presos no local.
O filme tem uma narrativa estranhíssima, e essa sensação é intensificada pela edição de som que produz sons bizarros e incômodos. É impossível não associar o filme à "O massacre da serra elétrica" , por conta dos personagens fazendeiros, a direção de arte sinistra, a fachada da casa e a figura sinistra de Guni. Os atores estão bem, mas a obviedade da história, e as decisões idiotas do casal principal acabam fazendo com que a gente não torça por eles.
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