"Bi seda halazoom", de Behrang Dezfulizadeh (2020)
Comovente drama iraniano, triste e angustiante.
Um casal com um filho, todos surdo-mudos. Os pais são divorciados, e a criança, Mehrshad, tem a guarda compartilhada. A mãe trabalha em um estúdio fotográfico, e quer que o filho faça cirurgia para recuperar a audição e assim, ele poder estudar num escola normal. Mas o pai da criança, Sa’eed, faz de tudo para impedir a cirurgia. Ele acredita que se a criança escutar, não irá mais querer se comunicar com o pai. A mãe luta para conseguir uma cirurgia custeada pelo governo, e também, que o ex-marido conceda a aprovação para a cirurgia.
Com um excelente trabalho dos protagonistas e dos coadjuvantes, "Sem som" aproveita para falar de temas importantes como o papel da mulher submissa em uma sociedade patriarcal ( as mulheres só podem tirar fotos com os Hijabs, e somente fotógrafas mulheres podem ver outras mulheres sem o acessório), o desemprego, a falta de oportunidade para deficientes e também o preconceito da sociedade para com eles. Inclusive os próprios deficientes auditivos são contra a operação que a criança ira fazer.
O filme também explora de forma magnifica a edição de som, quando estamos sob o ponto de vista dos protagonistas, o som desaparece ou fica abafado. A cena da plataforma da estação de trem é uma aula de direção e edição de som.
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