terça-feira, 20 de abril de 2021

Roberto Carlos em ritmo de aventura


"Roberto Carlos em ritmo de aventura", de Roberto Farias (1968)
Clássico do cinema brasileiro, "Roberto Carlos em ritmo de aventuras" é o primeiro de uma trilogia, seguido por "Diamante cor de rosa" e "A 300 kilômetros por hora". O cineasta Roberto Farias já tinha em seu currículo a obra-prima "O assalto ao trem pagador", de 1962. O filme veio na esteiro do disco lançado por Roberto em 1967, sendo lançado em 1968, com enorme sucesso.
Muita gente torce o nariz pro filme, mas a verdade é que ele é excelente, com uma narrativa repleta de metalinguagem, na esteira de "Os reis do Ie ie ie", dos The Beatles, mecslando ficção, video-clips e imagens de shows.
A história é bem singela: Roberto Carlos está trabalhando em um filme como ator, e dirigido por Roberto (Reginaldo farias, irmão de Roberto Farias), um Diretor estressado. Os vilões da filmagem realmente querem eliminar e matar Roberto, encabeçados por José Lewgoy, no papel de Pierre, uma brincadeira com os personagens vilanescos que Lewgoy fez em mais de 50 filmes.
Os clips contém músicas clássicas de Roberto: 'Eu sou terrível;", Por isso corro demais", "Quando", "Que tudo o mais vá pro inferno", "É tempo de amar", "Como é grande o meu amor por você, "Namorada de um amigo meu, essa última emoldura um dos clips mais lindos do filme, o passeio de helicóptero pelos trajetos do centro da cidade, Zona Sul, Av Atlântica e incluindo um vôo dentro do túnel do Pasmado.
O filme é um documento histórico, pelas paisagens retratando o Rio de Janeiro esfuziante de 1967. O ato final, polêmico, apresenta militares e tanques surgindo em luta contra a turma de Roberto, e que acabam se tornando aliados.
Roberto Carlos tem carisma o suficiente para sustentar o filme inteiro, e protagonizando cenas antológicas do imaginário da filmografia brasileira, incluindo a perseguição nas Paineiras e no Corcovado, e até, Nova York e o Cabo Kennedy, na Flórida, com uma insana cena de Roberto como astronauta no espaço.
Assistir ao filme em tela grande em sessão Sing-a-long deve ser épico.

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