sábado, 17 de abril de 2021

Teobaldo morto, Romeu exilado


"Teobaldo morto, Romeu exilado", de Rodrigo de Oliveira (2015)
Exibido na Mostra Tiradentes, "Teobaldo morto, Romeu exilado" é um drama experimental dirigido por Rodrigo de Oliveira, roteirista e cineasta de um raro cinema do espírito Santo. Rodrigo dirigiu "As horas vulgares" e o documentário 'Todos os Paulos do mundo", sobre o ator Paulo José.
O filme tem uma estrutura narrativa hermética e confusa. Não é claro explicar o que seria a história, mas de uma forma simplista, é a história de dois homens que se amaram, João (Alexandre Cioletti) e Max (Romulo Braga). Com o súbito desaparecimento de Max, dado como morto, João acaba engravidando a mulher dele, Flora (Sara Antunes) e a deixa sob os cuidados da mãe de João, Dona Helena. João, músico, resolve se isolar em uma fazenda do interior e quando for a hora do parto, retornará para ficar ao lado da mulher. Para sua surpresa, João retorna, alegando ter viajado até a Croácia acertar contas com o passado.
O filme tem uma linha não naturalista dos diálogos e performances, flertando com o teatro. As cenas são longas, arrastadas. Em determinado momento, o filme vai para um camino bizarro: surge um minotauro. Mesclando elementos realistas com o simbolismo e o fabulesco, o filme conta com ótimas performances do trio principal. Os dois atores masculinos atuam em cenas intensas e longas de diálogos, e no final, uma bela e visceral cena de sexo entre os dois amantes.

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