"Maya", de Mia Hansen-Løve (2018)
A cineasta francesa Mia Hansen-Løvee das mais celebradas no mundo dos Festivais. "Maya", no entanto, é seu filme mais criticado. O filme é sobre um homem amargurado após uma grande tragédia que vai buscar refúgio espiritual na Índia e se apaixona por uma jovem local. O filme foi banalizado como 'Comer, beber, viver" pelo olhar exótico sobre a Índia e também sobre um europeu se apaixonar por uma bela jovem indiana, há ainda quem diga em simbologia do colonialismo europeu.
Eu no entanto assisti ao filme como um drama romântico. O filme apresenta Gabriel (Roman Kolinka, ator fetiche de Mia) , um jornalista francês libertado de um cativeiro na Síria por onde permaneceu por 4 meses junto de um outro colega jornalista. Ao retornar para a França, ambos são vistos como heróis. Mas Gabriel está frustrado: um terceiro colega continua preso. Fora isso, ele não consegue lidar com a recente fama e com sua ex-namorada. Gabriel decide viajar até Goa, Índia, e ficar um tempo com seu padrinho indiano, Morthy. Ele acaba conhecendo a filha dele, Maya (Aarshi Banerjee), que apresenta a cidade. Ambos conversam sobre diversos assuntos, até que se apaixonam.
Um filme correto, com lindas paisagens em Goa e que traz uma melancolia do protagonista, dividido entre o peso de profissão e o amor que encontrou em Goa, representado através da liberdade e juventude de Maya. Roman Kolinka é um ótimo ator e bonito. Aarshi Banerjee igualmente bela, estréia no cinema com esse papel complexo e controverso, representando a beleza indiana e sua sensualidade, mas evitando ser apenas a imagem da objetificação do exotismo.
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