sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Garotas


"Las ninas", de Pilar Palomero (2020)
Ótimo drama espanhol, vencedor de mais de 30 prêmios internacionais, além de ter abocanhando quase todos os Goya espanhol, incluindo melhor filme. O filme se passa na Espanha de 1992, e acompanha Celia, uma menina de 11 anos (Andrea Fandos, fantástica)), uma menina de 11 anos que estuda num colégio de freiras em Zaragoza e mora com a mãe Adela (Natalia de Molina), uma viúva de 30 anos que sempre muda de assunto quando Celia pergunta de seu pai, dado como falecido. Um dia, Brisa (Zoe Arnao), uma menina vinda de Barcelona, entra na vida de Celia, que passa a se rebelar contra a educação que lhe era imposta até então em casa e na escola, pelas freiras.
Meninas de 11 anos que fumam, bebem álcool, passam a usar sutiãs em função da mudança de seus corpos, namoram, frequentam balada. Tudo isso parece impensável no mundo de 1992, mas a verdade que o mundo de hoje está mais retrógrado e conservador do que há décadas atrás. O filme lembra bastante "Crua cuervos", de Saura, com críticas evidentes à herança Franquista na vida comunitária e social dos espanhóis. Mas o que de fato impressiona no filme, é o trabalho espetacular do elenco infantil, todas espontâneas e ao mesmo tempo, maduras para a pouca idade.

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