domingo, 30 de janeiro de 2022

Munique- no limite da guerra


"Munich- the edge of war", de Christian Schwochow (2021)

Adaptação da novela escrita por Robert Harris em 2017, "Munique- no limite da guerra" tem uma trama semelhante a "Operação Walkyria", com Tom Cruise: um plano para assassinar Hitler. Mas ambos os filmes buscam o realismo e a ficção para criar uma trama de espionagem onde os heróis decidem barrar os horrores de Hitler. Mas como não estamos no terreno da galhofa de Tarantino, que quiz reescrever a história em "Bastardos inglórios", onde decidiu matar Hitler, o público já sabe como será o desfecho de "Munique".
No ano de 1938, o assistente do primeiro ministro inglês Neville Chamberlain (Jeremy irons), Hugh Legat (George MacKay), decsobre que um antigo colega da Oxford, o alemão Paul von Hartmann (Jannis Niewöhner), com quem rompera relações por divergências políticas, está em posse de um documento que pode assegurar as reais intenções de Hitler, que é a de expandir o seu poderio sobre a Europa. Chamberlain não acredita nessa possibilidade e decide assinar o tratado de paz em Munique, com a presença de Hitler e os presidentes da França e Itália. Paul decide então que deve matar Hitler.
O filme tem excelente produção, com muita figuração, direção de arte, figurino e fotografia caprichados. Tem também um elenco talentoso, que inclui a alemã Sandra Hüller, no papel de Helen, namorada de Paul. Mas "Munique" não empolga. É um filme correto, convencional, bem feito, mas faltou emoção e tensão. Talvez porque já saibamos que no final, tudo acabaria em 1945 da forma como já vimos em centenas de filmes. Aqui ficou tudo no campo do "E se..?", mas justamente por isso, o final é frustrante. Tarantino se divertiu mais, desvirtuando a história.

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