"A mouthful of air", de Amy Koppelman (2021)
Meu Deus, que filme triste. Logo na cartela inicial, o filme recomenda que o filme não deve ser visto por pessoas depressivas ou ansiosas. O filme é baseado no livro escrito pela própria cineasta em 2005, e ela mesmo resolveu adaptar.
O tema é dificílimo: uma jovem mãe, interpretada por uma excelente Amanda Seyfried, que tem depressão pós-parto após o nascimento de seu 1o filho. Ela tenta suicídio, cortando os seus pulsos. Seu marido, Ethan (Finn Wittrock), é um marido e pai carinhoso, mas não sabe como lidar com a depressão da esposa. Julie (Seyfried) é uma autora infantil de sucesso, mas traumas do passado, de um pai abusivo, a levaram a uma existência melancólica e frágil. Até que ela descobre estar grávida novamente.
Com participações de Amy Irving, como sua mãe, e de Paul Giamatti, como seu terapeuta., "Respire fundo" é dirigido com cuidado por Koppelman, que evita mostrar cenas fortes. Não é um filme fácil de ser visto, e lida com sentimentos muito ainda no lugar do desconhecido: o que faz uma mulher jovem, feliz na profissão, com um marido carinhoso, filhos sadios e bem sucedida tem depressão e pensamentos suicidas? Em tempos de rede social onde todos são felizes, é um filme que fas refletir sobre o essencial para as nossas vidas.
Gostei da sua apreciação.
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ResponderExcluirA personagem Amanda , ela se suicida no final? não ficou
ResponderExcluirmuito claro para mim. Obrigada gostei.
Sim, ela deixa a bebe no Moisés, vai para o jardim com um estilete e fim.
ExcluirSim, ela se suicida. Ela pega um estilete e vai para o jardim. Pela expressão facial de Ethan quando chega em casa, sabemos que ela se suicidou. Logo em seguida vem o desenho do Ethan e das duas crianças em frente a um caixão.
ExcluirA cena com os rolos de pintura deixou bem claro para mim que ela sofreu abuso.
ExcluirNão acredito que tenha sido abuso sexual. Ela tinha depressão por causa da relação dela de amor e ódio com o pai. Ele era um paizão e alternava o humor. Se tornava agressivo e violento e foi chutado pra longe dela pela mãe que não aguentava mais as brigas. Ela se sentiu abandonada por quem mais era próximo e cúmplice de brincadeiras...
ExcluirSó não entendi qual o trauma com o pai... Não ficou claro o que se passou...
ResponderExcluirSuspeito que tenha sido abusada sexualmente por ele.
ExcluirJulie foi abusada pelo pai na infância.
ExcluirPelo que deu a entender ,ela sofreu abuso a mãe sabia e não a protegeu ou soube mais tarde ,mas por voltar para ele é como se a mãe jogasse uma pá de cal sobre a ideia dele ser punido ,afinal se a mãe o perdoou não houve uma punição pelo fato ocorrido então ela foi negligenciada mais uma vez, a mãe agora o coloca perto da neta ela não conseguiu lidar com mais este fato
ResponderExcluirExcelente explicação.
ResponderExcluirO que me agradou foi o respeito com que o tema foi tratado, sem necessidade de cenas esdrúxulas tão comuns nos filmes de agora, chamados de autor, como justificativa para a exposição de egos doentios( mas que ego não o é, afinal?).
ResponderExcluirA câmera só trstemunha e Amanda Seyfried está perfeita, mas o que lhe é comum, eu acho.
"Só testemunha", corrigindo.
ResponderExcluirAssistindo ao filme , veio- me uma vontade de estar por perto e não permitir que Julie cometesse suicídio. Vontade de tê-la abraçado e
ResponderExcluirprotegido de si mesma , já que ela não foi capaz de se proteger do próprio pai, afinal era só uma menina indefesa. Sensação de impotência me resume . Quantas Julies estão por aí, sem saber o que fazer de suas vidas , juntando forças para prosseguir.
Essa negligência da Mãe, foi uma sentença para ela.
ResponderExcluirQuem eram a moça que deu à luz e as pessoas com ela no quarto de hospital no final do filme? Seriam o Ethan já mais velho com os filhos e a neta recém - nascida?
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