Cyrano", de Joe Wright (2021)
Já perdi a conta de quantas versões cinematográficas da peça teatral escrita por Edmond Rostand em 1897 eu já assisti: a de Jose Ferrer, que ganhou um Oscar por interpretar o papel em 1950. Gerard Depardieu em uma versão francesa de 1990; Jean-Paul Belmondo fez um filme para a Tv, e Steve Martin em uma comédia de 1987.
Joe Wright é um realizador eclético: adaptou os obras "Orgulho e preconceito'" e "Anna Karenina", fez uma adaptação de "peter Pan", o filme de espionagem "Hannah" e um de suspense criticado "A mulher na janela". Agora, vem com uma versão musical de "Cyrano", que por sua vez, é adaptado de um musical de palco que foi apresentado na Goodspeed Opera House em Connecticut. Foi escrito por Erica Schmidt, que é casada com Peter Dinklage. Haley Bennett interpretou Roxanne e é casada com Joe Wright. Tanto Peter quanto Haley repetem seus papéis no filme. A diferença que nessa versão, além de ser cantada e dançada, traz inclusão e diversidade nos personagens. Além do nariz de Cyrano ter sido trocado pelo nanismo, o personagem de Christian (Kelvin Harrison Jr.), agora é um ator negro.
O filme é longo e entediante. Eu sou apaixonado pro musicais, mas aqui são poucos os momentos musicais que funcionam. Peter Dinklage está bem nos momentos dramáticos, mas quando canta, é perceptível sua falta de intimidade com o canto. Vale pela direção de arte e figurinos, caprichados, e pela fotografia, do parceiro habitual de Joe Wright, .Seamus McGarvey.
Nenhum comentário:
Postar um comentário