"Wir", de Faraz Shariat (2020)
Vencedor do Festival de Berlin 2020 com o prêmio Teddy, dedicado a filmes com temática LGBTQIA+, "Sem ressentimentos" é uma co-produção Alemanha/Pérsia. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, é uma autobiografia. Assim como o protagonista Parvis, Faraz também trabalhou como tradutor em um assentamento de refugiados na Alemanha, e se envolveu com um imigrante iraniano. O filme lida com os temas da imigração, refugiados e a aceitação sobre a sua sexualidade e sua a sua cultura e história. Parvis é nascido na Alemanha, mas seus pais e irmã nasceram no Irã e se refugiaram no país europeu. Parvis é cobrado pelos seus pais de não manter as tradições culturais, o que faz com que Parvis se encontre em um conflito cultural: ele não se vê nem alemão, nem iraniano. Vai ser o seu relacionamento com o jovem Amon, refugiado, que não expõe a sua homossexualidade, temendo ameaças de outros refugiados que não aceitam que o povo árabe tenha homossexuais. Banafshe é irmã de Amon e é bastante liberal. Amon vai ser o gatilho para que Parvis resgate a sua história cultural.
Bem dirigido e com ótimos atores, o filme traduz bem o tema do não pertencimento e do preconceito dos alemães com imigrantes . As cenas de sexo são bastante intensas e viscerais. Um filme que une a tradição com a contemporaneidade, em cenas repletas de música eletrônica e muita balada em boites e festas.
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