"Beats, de Brian Welsh (2019)
Que filme foda! Pense num filme inglês que mistura 3 grandes filmes sobre a juventude desajustada: o inglês "Transpotting", "o francês "O Ódio" e o americano "Big time adolescence". Filmado na Escócia com uma fotografia em preto e branco lindíssimo, a história acontece no ano de 1995, um ano depois do Reino Unido banir as raves eletrônicas, justificando baderna, e prendendo quem descumprir a lei.
Junno (Cristian Ortega) e Spanner ( Lorn Macdonald, excelente, seu tipo e atuação lembra Pete Davidson de "Big time adolescence") são melhores amigos, mas de vidas distintas. Junno é introspectivo, mora com sua mãe e o padrasto, um policial. Sua mãe procura proibir a amizade de Junno com Spanner, pois sabe que ele é má influência. Spanner mora com seu irmão mais velho, o violento e marginal Fido. Durante uma sessão de uma radio pirata, onde o DJ anuncia uma rave clandestina, os amigos fazem de tudo para frequentar, inclusive roubando dinheiro e pílulas de ecstay.
O mais contundente e lindo no filme, e á a amizade bromance dos dois amigos, que em alguns momentos fica dúbio na intenção homoafetiva. Ambos são muito carismáticos, mas o Spanner de Lorn Macdonald é imbatível, uma construção brilhante, que valeu o prêmio de melhor ator no Bafta 2019. Aliás, o filme ganhou diversos prêmios em Festivais internacionais, incluindo competição em Rotterdan. A sequência da Rave é filmada de uma forma muito criativa, envolvente, fazendo o espectador se sentindo na festa. E de quebra, o filme apresenta um setlist de hits eletrônicos da melhor qualidade.
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