"Lina de Lima", de María Paz González (2019)
Premiado em diversos Festivais internacionais, "Lina de Lima"é uma co-produção Chile e Peru, e traz um interessante olhar sobre o universo feminino, em um filme escrito, dirigido e protagonizado por mulheres.
Lina (Magaly Solier, dos excelentes "A teta assustada" e "Altiplano"), é uma peruana que deixou há mais de 10 anos atrás, filho e sua mãe no peru, e veio para o Chile tentar a sorte. Atualmente trabalhado como empregada doméstica de uma família rica, ela se prepara para passar o Natal com a família no Peru. Lina cuida da obra da piscina da casa dos patrões, enquanto eles viajam de férias. Mas um descuido seu faz com que a piscina, que já estava pronta, seja danificada. Lina precisa então gastar toda as suas economias para restaurar a piscina, pondo em risco a sua festa de Natal.
O mais interessante do filme, e é uma proposta que tem acontecido bastante nos filmes da América Latina, é recorrer ao musical para a protagonista fugir de sua realidade. Aconteceu com o chileno "Ninguém sabe que eu estou aqui", e agora, em "Lina de Lima". Em seus desabafos, Lina se vê em grandes números musicais. Lina é uma mulher sexualmente ativa, e constantemente, ela ai para baladas ou usa aplicativos para conseguir transas. Esse discurso da mulher que vai atrás de homens, e não o contrário, fortalece o ímpeto pelo apetite sexual da protagonista, porém sem levá-la ao lugar de promiscuidade. Ela gosta de sexo, de estar com homens. Lina é solitária e sexo lhe faz bem.
Com excelente performance de Magaly Solier, "Lina de Lima"é um filme bastante curioso, que vai agradar a quem curte musicais, e a quem busca filme com protagonista forte.
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