"Dead dicks", de Chris Bavota e Lee Paula Springer (2019)
Vencedor de vários prêmios em Festivais de filmes de gênero fantástico, entre eles, melhor roteiro no prestigiando Fantasporto, "Dead dicks" lembra o tempo todo dos roteiros de Charles Kauffman, responsável por alguns trabalhos de Spike Jonze, como "Quero ser John Malkovich", que provavelmente, foi a grande inspiração.
Misturando gêneros humor negro, ficção científica, terror e drama, o filme se torna como resultado uma metáfora bizarra sobre um relacionamento entre irmãos, onde o irmão é um suicida em potencial, e a sua irmã abdica de seus sonhos para cuidar do rapaz.
Richie (Heston Horwin, excelente, visceral, em várias cenas de nu frontal), deixa um recado no celular de sua irmã Becca (Jillian Harris), uma garçonete que acaba de ganhar uma bolsa para estudar do outro lado do país e não sabe como dar a notícia ao irmão. Ao chegar na casa dele, ela leva um susto: se depara com "vários" de seu irmão mortos. Os clones todos vieram de Richie, que ao se matar, acabou sendo clonado por uma estranha fenda em forma de vagina que surgiu da parede de seu quarto. Becca tenta ajudar o irmão a se livrar dos corpos, mas acaba que ela mesma fica presa em um estranho loop.
De baixo orçamento, o filme exala criatividade e talento dos atores, mas os roteiristas e diretores Chris Bavota e Lee Paula Springer acabaram se perdendo no 3o ato, quando o filme toma um rumo inesperado e perde força. O filme conquista quando traz momentos de reflexão sobre a existência humana, reforçada pelo belo trabalho dos dois atores.
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