"Pervert Park", de Frida Barkfors e Lasse Barkfors (2014)
Polêmico documentário que ganhou o Prêmio de melhor filme no Festival de Sundance, e em outros importantes Festivais. O casal de documentaristas dinamarqueses viajaram até a Flórida, e fizeram um filme sobre os residentes do condomínio Palace Mobile Park, em St. Petersburg, Florida. Ali, os 120 moradores são pedófilos que cumpriram pena na cadeia por anos e depois de saírem, encontraram dificuldade de se reintegrarem na sociedade. O condomínio foi criado em 1996 por Nancy Morais, mãe de um molestador de menores que não conseguiu alugar nenhum lugar para morar, nem trabalho, pois a justiça americana rotula os pedófilos em uma ficha criminal que está em sua documentação. Na ficha está o ano do crime, o crime propriamente dito, quantos anos a pessoa ficou presa. Cabe ao dono do imóvel e ao empregador aceitar a pessoa ou não, e maioria, não aceita.
O filme foi acusado de tratar os molestadores como vítimas da sociedade: geralmente abusados sexualmente pelos pais, estuprados, e seus atos acabam sendo uma consequência de seus traumas. O filme humaniza os pedófilos, peando depoimentos onde cada um deles se diz vítima, e nenhum pede desculpas pelos seus atos.
Segundo a lei americana, o pedófilo não pode morar a menos de 500 metros de distância de qualquer lugar que tenha crianças: igreja, escola, parque,s etc. Estima-se que existam 500 mil pedófilos nos Estados Unidos.
O condomínio recebeu o apelido na vizinhança de "Parque dos pervertidos". Ele é sustentado por uma organização chamada de Florida Justice Transitions, que conta com terapeuta e que procura encontrar trabalho para os residentes.
Entre os depoimentos, tem alguns bastante violentos: um homem, cuja namorada se recusou a fazer sexo com ele, com ódio, pegou seu carro e diriigiu até o México. Lá, ele encontrou uma menina de 5 anos e a estuprou.
Uma mulher diz ter sido estuprada por seu pai quando adolescente, e quando cresceu, estuprou sue próprio filho.
O mais jovem dos residentes, apelidado de "Birdsong", aos 22 anos foi preso pela polícia, que se fez passar por uma internauta em um chat oferecendo a filha de 14 anos para sexo. Ao chegar no local, ele foi preso. O Terapeuta defende de que esse rapaz não deveria ser rotulado como "molestador de crianças", pois não chegou a pratica o ato. Na prisão, ele sofreu com estupro, viu relatos de violência e ficou traumatizado.
Mesmo não tendo cenas violentas, o filme choca pelos relatos. Um documentário fundamental para quem quer fazer pesquisa sobre molestadores infantis e entender a mente dos criminosos.
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