"Bian zhou bian chang, de Chen Kaige (1991)
Concorrendo no Festival de Cannes em 1991, "A vida por um fio" foi realizado 2 anos antes da obra-prima do cineasta da 5a geração chinesa Chen Kaige, "Adeus minha concunbina", que levou a Palma de Ouro em 1993.
O filme remete ao primeiro longa de Kaige, 'Terra amarela": a mesma paisagem árida das montanhas, a extrema pobreza dos vilarejos que habitam a região, uma trágica história de amor, e finalmente, a canção milenar como antídoto para curar os males da humanidade.
Um mestre trocador, um idoso de 70 anos, perambula pelo deserto junto de seu discípulo, Shidou. Ambos são cegos. Quando pequeno, o Mestre foi avisado pelo seu professor de que, ao romper a milésima corda de seu instrumento, ele poderia abrir o instrumento e ali dentro, encontraria a receita para curar a sua cegueira. O Mestre quer que Shidou siga os seus ensinamentos, mas o rapaz se apaixona por uma jovem da região, Lanxiu, e decide seguir um caminho diferente. Mas a região costuma ter uma disputa de duas clãs que guerreiam por séculos. O Mestre acredita que sua música poderá pacificar ambos os lados.
Chen Kaige sempre teve uma preocupação com o visual dos seus filmes, e aqui, os enquadramentos, as locações e a fotografia embelezam cada frame, tornando o drama poético e cinematográfico em seu sentido mais pleno. O filme tem um ritmo bem lento e o roteiro é confuso às vezes, mas mesmo assim, só pela beleza das imagens e das músicas cantadas pelo trovador, já justificam assistir.
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