"Matar a Dios", de Caye Casas e Albert Pintó (2017)
Que o cinema espanhol está produzindo atualmente os melhores filmes do gênero terror e fantástico, disso ninguém tem dúvida. "Matando Deus" é mais um filme a comprovar esse argumento. Vencedor de vários prêmios internacionais, entre eles o mais prestigiado festival de cinema de Gênero, o Sitges, de onde recebeu o troféu de melhor filme do público. Com um sensacional e muito criativo roteiro escrito pelos próprios diretores, o filme parte de uma idéia muito boa: Deus, em forma de um anão, entra em uma casa, onde uma família está preparando a ceia de véspera de ano novo, e anuncia que o mundo irá acabar. A humanidade toda ira morre, mas duas pessoas daquela família irão sobreviver. O pai, dois irmãos e a esposa do irmão mais velho precisam decidir quem são os dois que irão sobreviver, e se inicia um embate psicológico onde traumas do passado vêm à tona.
Trazendo o melhor do humor negro espanhol, na linha do Mestre Alex de la Iglesia, "Matando Deus" apresenta um repertório de temas comumente associados ao bullying, para cutucar o espectador: anão, machismo, feminismo, assédio moral e sexual, racismo gordofobia. Tudo é colocado em pauta de forma crítica. Os atores são todos muito bons. Fotografia, direção de arte, muito bem colocados dentro da história. E os efeitos, satíricos, abusando da violência, mas arrancando altas gargalhadas. Muito bom e altamente recomendado.
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