"The secret garden", de Marc Munden (2020)
Um filme de fantasia, produzido pelos mesmos produtores de "Harry Potter" e "Paddington", e que tem no elenco adulto Colin Firth e Julie Walters, não pode dar errado. Infelizmente, a crítica inteira saiu matando a pau. Talvez eu seja meio old school, mas eu adorei o filme. Quarta adaptação da obra da escritora inglesa Frances Hodgson Burnett, lançado em 1911, cuja adaptação mais famosa foi a da holandesa Agnieska Holland, de 1993, com Maggie Smith no papel da governanta, aqui representada por Julie Walters.
Com a guerra entre a Índia e o Paquistão, resultando em sua separação, em 1914, com o país colonizado pela Inglaterra, muitos morreram no conflito, além da cólera, doença que matou muita gente, inclusive os pais de Mary (Dixie Egerickx), uma menina de 10 anos que se torna órfã. Ela é enviada para a Inglaterra, Yorkshire, para ser cuidada pelo tio Archibald (Colin Firth), homem deprimido após a morte de sua esposa, há 10 anos atrás, e por isso, não sai de casa, mantendo a mansão sombria. A governanta, Ms Medlock (Walters), também tem um tipo mau humorado. Mary acaba fazendo amizade com a serviçal Dickon e seu filho, Dickon. Mary descobre que em um dos quartos mora Billy, o filho de Archibald, que também se mantém recluso e trancado pelo pai. Billy é cadeirante. Mary resolve explorar o exterior da mansão, e acaba descobrindo um lindo jardim, que ela considera mágico.
O tempo todo fiquei lembrando de "O labirinto do fauno", por conta do elemento lúdico que o filme traz: Mary e as outras crianças usam o imaginário e acreditam no poder da magia do jardim secreto. A fotografa e a trilha sonora são lindas, e a direção de arte, impecável. Os efeitos especiais de pós são tratados com parcimônia, sem exageros. É um filme bem emocionante, e eu adorei os atores juvenis, todos super talentosos.
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