"Inabitáveis", de Anderson Bardot (2019)
Primeiro filme capixaba a participar do prestigiado Festival de Rotterdan, "Inabitáveis" é um filme experimental que une ficção, documentário e dança para falar de homofobia e racismo. O filme faz uma analogia entre o Brasil Império, da escravidão, e o Brasil dos dias de hoje. Pouco ou quase nada mudou. Mostrando placas descritivas em Museus e lugares históricos de Vitória, apresentando aos estudantes que esto em vista que os negros eram vendidos a preços irrisórios, e os mais velhos valiam menos que um boi. Já os negros de pele mais clara e com uma ocupação Valiam mais. Um coreógrafo (Marcos Konká), ator capixaba negro veterano do teatro e do cinema independente, está ensaiando uma peça homoafetiva com dois rapazes negros. Quando o coreógrafo conhece um jovem de 16 anos em uma visita guiada, descobre que o rapaz é não binário e o traz para a coreografia.
O filme tem uma narrativa às vezes confusa, mas bastante clara em relação às suas denúncias, principalmente na cena final: o jovem não binário dança sob a chuva, de noite, em uma bela cena, e a polícia chega. "Inabitáveis"é o nome do espetáculo ensaiado pelo grupo de dança, e tem no titulo a tragédia da população negra e homossexual, que não encontra um espaço para viver em paz.
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