"Disco", de Jorunn Myklebust Syversen (2019)
Concorrendo em vários Festivais internacionais, entre eles, o de San Sebastian, "Disco" é um drama norueguês que fala sobre diversos tipos de abusos: abuso sexual, abuso da Igreja que faz lavagem cerebral na juventude cristã norueguesa, através da representação de seitas radicais.
Mirjam (Josefine Frida Pettersen) aparentemente é uma adolescente de sucesso: linda, extrovertida, comunicativa e campeã de dança olímpica. Ela é filha de uma cristã e seu padrasto é o pastor da Igreja pertencente à família. Quando Mirjam passa a perder os próximos campeonatos, o padrasto acredita que Mirjam está perdendo sua fé e a coloca em uma seita de fanáticos para que se recupere.
O filme toca de forma sutil em abuso sexual ( o padrasto teria abusado de Mirjam quando pequena), e apresenta os dois lados dos religiosos: na Igreja, eles são venerados pelos frequentadores, exalando paz e amor. Em casa, vivem discutindo. O filme tem um ótimo elenco, principalmente Josefine Frida Pettersen, uma jovem bastante talentosa. Mas o filme é repetitivo e não propõe conclusões mais afinadas em seu desfecho. O mais interessante do filme é apresentar a juventude cristã consumindo música cristã em ritmo de música eletrônica e as missas praticamente virando festas raves. Mas é um filme árido, cansativo. O Desfecho pensei até que iriam reproduzir o ataque de Oslo, mas...o diretor e roteirista preferiu fazer essa analogia entre atentados terroristas e atentados religiosos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário