Nashville

"Nashville", de Robert Altman (1975)

Lançado pelo selo Critterion, que tem em seu catálogo filmes importantes para a história do cinema, "Nashville" é uma das grandes obras-primas de Altman, lançado nos cinemas em 1975. O filme tem aquela estrutura narrativa famosa e amplamente associada a Altman, que são os famosos filme coral, também chamados de filme mural ou filme painel. Nessa estrutura, utilizada depois por Paul Thomas Anderson e Alejandro Inarritu, vários personagens circulam entre vários plots, e eventualmente personagens que não se conhecem se cruzam em algum momento. Cada um é dono de sua história, mas na história dos outros, posam de figuração de luxo.

O filme é ambientado em Nashville, cidade do Estado de Tennesse, terra da música Country. É ali que temos as várias histórias de 24 personagens narradas e entrelaçadas, tendo como pano de fundo a própria música Country ( e também, Gospel), a Guerra do Vietnã, o escândalo de Watergate, a campanha política para presidente. Entre o fino humor de Altman, temos também drama, suspense ( através de um personagem, um ex-combatente do Vietnã, que quer assassinar a tiros uma famosa cantora de Country, Barbara Jean (Ronee Blakley). O elenco é gigantesco e formidável, todos com momentos de grane performance. Altman pediu que cada personagem/ator compusesse a própria música que fosse cantar, e isso levou Keith Carradine, no papel do cantor Tom, a ganhar o Oscar de canção pela música que ele canta, "I'm easy". O filme foi indicado ao Oscar de direção e dois de atriz coadjuvante, para Blakley e Lily Tomlin, que está arrasadora no papel da cantora gospel Linnea Reese, casada com uma advogado e mãe de dois filhos surdos mudos. Linnea te um caso com o cantor Tom. Geraldine Chaplin, Elliot Gould, Julie Christie, Barbara Harris, Karen Black e outros notáveis esbanjam talento. Imagino a dor de cabeça que deve ter sido editar o filme, e também, fazer o plano de filmagem.