sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Nicole

"Nicole", de James Schroeder (2019)
Vencedor de diversos prêmios em festivas de cinema independente, 'Nicole" é uma sátira de terror derivado do movimento #Metoo: em uma frase proferida pela protagonista a um predador sexual, ela diz: "You Harvey Weinstein motherfucker!".
Filmado em preto e branco e com aquele sabor de filme indie americano, Nicole (Tamika Shannon, ótima) é uma TI de uma agência de publicidade. Ela é convidada por um colega de trabalho ara ir ao show dele, mas ela diz que já tem um encontro. Nicole marcou um date no Tinder com John (Stephen Wesley Green, divertido), um predador sexual que marca encontros com as garotas e coloca boa noite Cinderela nas bebidas delas, para depois estuprá-las. Nicole é alcoólatra, e diante da insistência de John, acaba convidando ele para jantar em sua casa. Ela deixa claro a John que não vai rolar nada, mas ele insiste, até que, após tentar estuprá-la, Nicole o mata a facadas. Ela vai até uma loja de ferramentas e compra material para serrar o corpo do homem, que ela descobre ser policial. Mas ao chegar em casa, se surpreende: aparentemente, John não está morto.
O filme tem um roteiro bem simples, e de verdade, poderia ter rendido um excelente curta. Como longa, falta mais dramaturgia, as cenas se arrastam e o ritmo corre frouxo. Mas o último ato vale o filme, e idem, as performances do elenco. O elenco é todo negro, e por isso, vale investir.

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