"Piola", de Luis Pérez García (2019)
Drama chileno, vencedor de vários prêmios em festivais da América Latina. "Piola" é uma gíria chilena que significa algo ou alguém que passa despercebido pela sua tranquilidade.
Escrito e dirigido por Luis Pérez García, o filme lembra muito a estrutura de "Amores perros", de Inarritu: três histórias que se entrecruzam no bairro pobre de Quilicura, periferia de Santiago.
Martin é um jovem expulso no colégio, não se comunica com seus pais e passa seus dias com seus amigos que fazem parte de um grupo de rap. Um dia, Martin encontra uma arma perdida.
Sol é uma jovem que mora com sua mãe. Sol tem como melhor amigo seu cachorro boxer. Quando ela passa a tarde com um amante, ao voltar para casa, descobre que seu cachorro fugiu pois sua mãe sem querer deixou o portão da garagem aberto.
Charly, integrante do grupo de rap de Martin, trabalha em uma lanchonete e sofre bullying de seu patrão. Charly tem uma filha pequena, mas a ex não deixa ele vê-la.
Essa estrutura de filme mural, onde histórias independentes em algum momento se cruzam foi bastante utilizada pelo cinema independente nos últimos anos. É um bom filme, bons atores, mas já não surpreende tanto. O roteiro traz um universo já um tanto desgastado, a criminalidade na periferia. Faltou mais punch e mais emoção.
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