sexta-feira, 19 de março de 2021

Obscuro barroco


Obscuro barroco", de Evangelia Kranioti (2018)
Protagonizado pela travesti Luana Muniz, falecida em 2017 e uma grande ativista do movimento LGBTQIA+, acolhendo a comunidade gay em um casarão na Lapa. O filme é escrito, dirigido, fotografado e produzido pela cineasta grega Evangelia Kranioti, que faz de "Obscuro barroco" uma video-arte poético libertária.
"O carnaval passa. Só o travesti fica. Travestida nas ruas, nos palcos, nos salões de beleza." Esse belo texto é narrado por Luana Muniz, que passa o filme todo divagando sobre o Rio, sobre o carnaval, sobre s travestis, sobre seu corpo.
Magoada com um policial que lhe disse: "A travesti vem depois do silêncio. O que vem depois do silencio? Nada.""
O filme capta lindas imagens do Carnaval, do sambódromo, de um baile funk. O foco são os corpos de adultos, crianças a travestis, que são apresentadas em uma festa somente de travestis. O tom do filme é de lamento, de decadência, de desejos e frustrações. Um Rio de Janeiro possível, idealizado.

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