quarta-feira, 10 de março de 2021

Os Estados Unidos Versus Bille Holliday


"The United States Vs Bille Holliday", de Lee Daniels (2020)
Falecida aos 44 anos no dia 17 de julho de 1959, em Nova York, Bille Holliday é considerada uma das maiores cantoras de jazz da história. Em sua carreira, Billie teve problemas com álcool e drogas, e acabou falecendo de cirrose hepática e edema pulmonar. Mas o filme foca em um fragmento do final de sua carreira: Billie resolveu cantar a sua versão do poema "Strange fruits", cuja letra relatava o racismo contra negros do sul dos Estados Unidos, com descrição de atos violentos praticados contra a comunidade. O Governo estava nesse período focado na luta contra o narcotráfico e resolveram usar Billie Holliday (Andra Day) como bode expiatório. Quando ela começou a cantar 'Strange fruits", o governo temia que a música fosse usada como hino, e decidiu colocar o agente Jimmy Flecther (Trevante Rhodes) para vigiar a ligaçao de Billie com as droga. Acabou que Jimmy se tornou amante de Billie, e a todo custo tentava negar o envolvimento dela com as drogas.
A história do filme lembra bastante a de "Judas e o Messias negro", onde também um agente infiltrado do FBI buscava passar informações para a agência. Tecnicamente o filme é impecável: Fotografia, direção de arte, figurino e maquiagem. Andra Day ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz de drama 2021. O roteiro é que trata de tantos temas que acaba esticando demais a história e fica dando um ritmo arrastado. Lee Daniels é um diretor que curto, principalmente em 'Preciosa" e "Obsessão", mas aqui é bem conservador na narrativa, cinemão. Nada contra, mas faltou alma ao jazz e à história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário