"The United States Vs Bille Holliday", de Lee Daniels (2020)
Falecida aos 44 anos no dia 17 de julho de 1959, em Nova York, Bille Holliday é considerada uma das maiores cantoras de jazz da história. Em sua carreira, Billie teve problemas com álcool e drogas, e acabou falecendo de cirrose hepática e edema pulmonar. Mas o filme foca em um fragmento do final de sua carreira: Billie resolveu cantar a sua versão do poema "Strange fruits", cuja letra relatava o racismo contra negros do sul dos Estados Unidos, com descrição de atos violentos praticados contra a comunidade. O Governo estava nesse período focado na luta contra o narcotráfico e resolveram usar Billie Holliday (Andra Day) como bode expiatório. Quando ela começou a cantar 'Strange fruits", o governo temia que a música fosse usada como hino, e decidiu colocar o agente Jimmy Flecther (Trevante Rhodes) para vigiar a ligaçao de Billie com as droga. Acabou que Jimmy se tornou amante de Billie, e a todo custo tentava negar o envolvimento dela com as drogas.
A história do filme lembra bastante a de "Judas e o Messias negro", onde também um agente infiltrado do FBI buscava passar informações para a agência. Tecnicamente o filme é impecável: Fotografia, direção de arte, figurino e maquiagem. Andra Day ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz de drama 2021. O roteiro é que trata de tantos temas que acaba esticando demais a história e fica dando um ritmo arrastado. Lee Daniels é um diretor que curto, principalmente em 'Preciosa" e "Obsessão", mas aqui é bem conservador na narrativa, cinemão. Nada contra, mas faltou alma ao jazz e à história.
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