"I care a lot", de J. Blakeson (2020)
Depois de ter dirigido o bom filme catástrofe "A quinta onda", o roteirista e cineasta J Blakeson muda totalmente o seu foco e realiza o ótimo trhiller "Eu me importo", filme que rendeu à sua protagonista, Rosemund Pike, o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia em 2021.
Ambição e malandragem são a razão de ser de todos os personagens do filme. Inescrupulosos, sem medir consequências de seus atos, "Eu me importo" tem como pano de fundo a máfia dos curadores de idosos, uma indústria que rende centenas de milhares associados a planos de saúde, hospitais, enfermeiros, médicos e advogados corruptos. Marla (Rosemund Pike) é uma curadora que se associa à uma médica, um juiz e um gerente de uma casa de saúde para idosos e os internam à força, alegando ordem judicial de que não estão sadios para conviver com a sociedade. Sua namorada, Fran (Elza Gonzalez) é a sua parceira no crime. Quando elas internam a força Jennifer (Diane Wiest), uma senhora milionária, Marla e Fran vendem todas as posses dela, acreditando que ela não tem amigos nem parentes. Mas quando seu filho Roman (Peter Dinklage), da máfia russa descobre que ela está internada contra a vontade dela, ele resolve entrar em ação.
Bem dirigido e com um excelente elenco, filme lembra bastante os filmes dos irmãos Coen e de Guy Ritchie, tanto no perfil dos personagens, totalmente anti-heróis, quanto pela violência e estilização de suas imagens. O filem peca um pouco ao tornar pessoas comuns como quase que heróis de filmes de ação, mas no final das contas, é uma deliciosa diversão que infelizmente traz um desfecho moralista.
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