sexta-feira, 1 de março de 2019

Crimes obscuros

“True crimes”, de Alexandros Avranas (2016) O cineasta grego realizou um dos filmes mais polêmicos e angustiantes de 2013, “Miss Violence”, que tinha como tema um pai que prostituía todas as suas filhas, inclusive uma menina de 10 anos de idade. Nessa co-produção com os Estados Unidos , Alexandros Avranas, repete o teor polêmico, dessa vez, falando sobre prostituição de escrevas brancas em um bordel sadomasoquista da Polônia. “Crimes obscuros” ( o filme tem 2 títulos em inglês, “Dark Crimes” ou “True crimes”) é baseado em uma história real. Um homem de negócios, Daniel Sadowsky, foi encontrado morto. Ele era um cliente do bordel. O policial Tadek (Jim Carrey), machista e misógino, não teve sucesso na investigação sobre o crime, que acabou engavetado. Anos depois, Tadek percebe que o livro de um escritor, Kozlov , tem relatos que descrevem o crime de Daniel, que nunca haviam sido publicados na mídia. Tadek imediatamente mandar prender o escritor, acusando-o de ser o assassino. Mas ao conhecer a amante de Kozlov, Kasia (Charlotte Gainsbourg), que trabalha no bordel, as coisas começam a mudar de figura. Fico curioso em saber como que o Diretor Alexandros Avranas e os produtores do filme chegaram ao nome de Jim Carrey, a pessoa menos provável para viver um policial polonês. Não que a performance de Carrey esteja ruim, ele está bem, mas me pareceu uma aposta muito arriscada, que acabou não dando certo: o filme foi lançado em 2016 e sequer foi distribuído em muitos países, aqui no Brasil somente em fevereiro de 2019. Jim Carrey e sua parceira de cena, Charlotte Gainsburg, é a dupla mais improvável que você pode ver nos créditos de um projeto. Por isso, louvo a inciativa de todos os envolvidos. Uma pena que não tenha tido melhor repercussão. Charlotte aliás, virou sinônimo de personagens masoquistas, fetichistas, que adoram sofrer abusos sexuais e violentos. Quando surge esse perfil, provavelmente Charlotte é o primeiro nome a ser pensado. “Crimes obscuros” tem uma atmosfera soturna, pesada, de filme de terror, quando na verdade, é um policial. Está mais para ‘Seven”, naquela estilização. A trama é confusa, e para não deixar as pessoas putas, o roteiro explica tudo no último minuto final. Sme surpresas, a bem da verdade.

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