domingo, 17 de março de 2019
Stan e Ollie
'Stan e Ollie", de Jon S. Baird (2018)
Trabalhando pela 1a vez em 1917, Stan Laurel e Oliver Hardy, a dupla “O gordo e o Magro”, fizeram mais de 100 filmes juntos, até a morte de Oliver em 1957. Já nos anos 50, a dupla já estava em decadência, fazendo apresentações teatrais para plateias vazias. O último trabalho que fizeram juntos foram uma série de shows ao vivo pela Inglaterra e Irlanda. Durante toda essa trajetória, a dupla teve altos e baixos, inclusive na amizade, colocada à posta por conta de assuntos profissionais e pessoais. Quando Oliver faleceu, Stan sentiu o baque e nunca mais participou de nenhum filme, até sua morte, em 1965.
O filme “Stan e Ollie” tem um prólogo que se inicia no ano de 1937, quando estavam no auge da carreira. Prestes a renovar o contrato com o produtor Hal Roach, que os consagrou com filmes que foram grandes sucessos de bilheteria, a dupla participa da filmagem do “Way out West’, com a famosa cena da dança antes de entrarem em um Salloon de faroeste. Stan reclama com Hal que eles recebem menos que Chaplin e Buster keaton, e acabam não renovando o contrato. A dupla assina contrato com a Foz, mas os filmes não encontram o mesmo sucesso.
Toda essa parte de 1937 é realizada num único plano sequência genial, que começa no camarim, atravessa o exterior dos estúdios até entrar no set dentro de um estúdio. É uma cena grandiosa. Logo depois, o filme avança para a decadência de 1953, quando viajam pela Irlanda, ciceroneados por um agente picareta.
O filme funciona por conta do excelente e irrepreensível trabalho de John C. Reilly e Steve Coogan, respectivamente como Oliver Hardy e Stan Laurel. Toda a composição física, tempos, olhares, gags, são exatamente iguais aos originais. A maquiagem de John C Reilly impressiona!
O filme tem um ritmo arrastado e é bom as pessoas saberem que não é uma comédia, pelo contrário, é um filme melancólico que fala sobre artistas que perderam a sua majestade, e tentam sobreviver a duras penas, pela total falta de tato com a modernidade. É triste e comovente saber da história desses 2 amigos, que mesmo em crise pessoal e profissional, sempre se amaram e se respeitaram.
Shirley Henderson e Nina Arianda, como Lucille Hardy e Ida Laurel, estão fantásticas como as senhoras. A direção de arte, fotografa, toda a parte técnica está de parabéns.
O filme é uma linda homenagem ao Artista que ama o seu palco e também uma ode à Amizade!
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