sábado, 23 de março de 2019
Minha vida em Marte
“Minha vida em Marte”, de Susana Garcia (2018)
O que seriam das comédias românticas se a protagonista não tivesse como conselheiro, o melhor amigo gay?
Monica Martelli explodiu com o monólogo “Os homens são de Marte...e é para lá que eu vou” em 2005, ficando 12 anos em cartaz e levando 2 milhões e meio de espectadores ao teatro. A peça falava sobre Fernanda, uma mulher de 35 anos, linda e independente, mas que não conseguia encontrar a sua cara metade, apesar do sucesso em outras áreas. A adaptação para o cinema, realizada em 2014, levou 2 milhões de espectadores, e ampliou o universo de Fernanda para outros personagens, entre eles, Anibal, personagem de Paulo Gustavo, o desbocado e irreverente gay que sempre tem algo para falar. Em 2017, a continuação para o Teatro estreou no Rio, se chamando “A vida em Marte”, e dessa vez, Fernanda, aos 45 anos, casada e com filha pequena, sofre com a crise dos 4 anos: ela está a um passo de se separar. De novo em formato monólogo, dessa vez, escorado no sucesso astronômico de Paulo Gustavo pelos 10 milhões de espectadores de “Minha mãe é uma peça 2”, a adaptação para o cinema trouxe Aníbal como uma personagem que está 90% do filme colado em Fernanda. Vendo o filme, fica visível e evidente que a peça e o filme são 2 produtos muito distintos. E isso é proposital, pois tanto os roteiristas quanto a diretores Susana Garcia procuram divertir os espectadores com o máximo de gags e improvisos possíveis, espalhados em personagens e situações em formato sketch. Tudo embalado pela tal crise no casamento. Ciúmes, viagens terapêuticas para o Litoral do Rio de Janeiro e Nova York, homens lindos, consumismo, tudo acontece em quase 2 horas de filme.
Susana Garcia tem intimidade o suficiente para carregar o filme nas costas: é irmã de Monica Martelli, e diretora das séries “Os homens são de Marte” e “A vila”, esse com
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