terça-feira, 26 de março de 2019
Bem vindos à Marwen
“Welcome to Marwen”, de Robert Zemeckis (2018)
O Cineasta Robert Zemeckis alterna a sua carreira com filmes brilhantes que revolucionaram a tecnologia de efeitos especiais, e outros filmes tecnicamente impecáveis mas que ficam devendo em emoção.
Em “Bem vindos à Marwen”, Zemeckis conta a história real do Artista e fotógrafo Mark Hogancamp. No dia 8 de abril de 2000, Mark estava bebendo em um bar de Nova York e conversou com um grupo de 5 rapazes. Bêbado, ele revelou ao grupo que era cross dresser e que gostava de usar saltos altos. Ao sair do bar, Mark foi espancado brutalmente pelos rapazes e deixado à beira da morte. Mark passou dias em coma, e precisou de tratamento de fisioterapia e acompanhamento psicológico por mais de um ano. Mark teve seu cérebro danificado e apenas conseguia se lembrar de poucos fatos anteriores ao acidente. Mark construiu uma vila Belga em miniatura no jardim de sua casa, que ele chamou de “Marwencol”. A vila representava a Bélgica da 2a Guerra Mundial. Mark criou bonecos que representavam ele e seus amigos, e assim, criou histórias heroicas onde ele e suas amigas heroínas lutavam contra os nazistas. Essa foi a terapia que Mark encontrou para exorcizar seus fantasmas. Mais tarde, suas fotografias foram descobertas e montadas em uma exposição, fazendo enorme sucesso.
Robert Zemeckis conta essa história misturando drama e fantasia. Quando Mark começa a fotografar seus bonecos, logo eles criam vida e contam suas aventuras. “Bem vindos à Marwen” são dois filmes em um: o drama de Mark e as aventuras de seu alter ego na 2a Guerra mundial.
Impossível não se lembrar de “Jogador Número 1”de Spielberg. Idem, lembra bastante o filme anterior de Zemeckis, Äliados”, um romance com aventura ambientado na 2a Guerra, estrelado por Brad Pitt e Marion Cotillard.
O filme é bem dirigido, o elenco enorme tem um ótimo time de atrizes (Diane Kruger, Gwendoline Christie), os efeitos são espetaculares, mas de verdade, falta ritmo e alma no filme. Ele é repetitivo, chato, e não encanta. Steve Carrel está ok, mas seu personagem apático não é nada carismático. E faltou mais a identidade do Cross Dresser no filme.
Não assisti ao documentário de 2010 dirigido por Jeff Malmberg, mas li comentários de muitos espectadores dizendo que é bastante superior ao filme de Zemeckis.
O filme foi um desastre nos Estados Unidos: custou 40 milhões de dólares e não rendeu nem 3 milhões.
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