domingo, 3 de março de 2019
Exterminadores do Além contra a Loira do banheiro
"Exterminadores do Além contra a Loira do banheiro", de Fabrício Bittar (2018)
O terrir no Brasil já teve grandes filmes dirigidos por 2 expoentes do gênero nos anos 60 a 80: Zé do Caixão e Ivan Cardoso. Misturando erotismo e terror, aliado à comédia tipicamente nacional, 1as vezes involuntárias, esses filmes faziam sucesso com produções de baixo orçamento mas muita ousadia e criatividade. Em 2008, o próprio Zé do Caixão dirigiu uma versão repleta de adrenalina e com orçamento muito maior, chamada de “A encarnação do demônio”, cujo autor dos efeitos de maquiagem é o mesmo artista de “Exterminador do além”: Kapel Furman.
Com argumento de Danilo Gentilli, e repetindo a mesma parceria com o Cineasta Fabrício Bittar, que aqui também co-escreveu o roteiro, “exterminadores do além..” é uma sátira aos filmes de entidades demoníacas e fantasmas dos anos 80, principalmente “Os caça-fantasmas”. Como estamos vivendo a Era da homenagem a essa década, não poderia faltar citações a “Stranger things”, uma forma de aproximar o público que consome streaming.
Danilo interpreta Jack, um dos integrantes do grupo “Caçadores do além”, junto de Caroline ( Dani Calabresa) e Fred (Léo Lins, parceiro de Danilo no programa “The noite”). Em um 4o integrante que ainda não foi incorporado ao grupo, Tulio (Murilo Couto). Em baixa no Canal do Youtube que possuem, o grupo é chamado para atender um chamado em uma escola. O diretor diz que existes testemunhas de que a “Loira do banheiro” está assustando as pessoas da escola. Aproveitando a deixa para se promoverem no Canal, uma vez que não acreditam na exist6encia da Loira, Jack e sua turma gravam um vídeo e tentam descobrir a farsa, auxiliados por alguns funcionários da escola, como a professora helena (Barbara Bruno). Mas aos poucos, descobrem que a entidade é real, e precisam tentar sair de lá com vida.
Trash assumido, o filme se aproxima mais de filmes cults de Lamberto Bava e Lucio Fulcci, como ‘Demons, os filhos das trevas”, do que de “Os caça fantasmas”. Isso porqu6e o excesso de sangue falso, vísceras, gosmas etc está mais para o gosto trash desses cineasta italianos. Perto deles “O caça fantasmas” Bergman ou Godard.
O filme é repleto de piadas e situações super politicamente incorretas, e Danilo está cagando para a galera da correção: piadas sujas com crianças, merda, esperma, masturbação, sexo com idosos, negros, etc, vem aos borbotões.
O filme vem numa dinâmica de montanha russa de absurdos tão grande, mas tão grande, que pensei no elenco e equipe envolvidos, que pareciam estar se divertindo tanto com toda essa zueira, que achei que era melhor esquecer que eu tinha um cérebro e relaxar. O grande pecado mesmo do filme, é ter quase 2 horas de duração. Um filme desses deveria ter no máximo 80 minutos, mais do que isso, fica repetitivo. Afinal, roteiro não é o forte do filme. O filme em alguns momentos parece estar se levando a sério, e destôa da proposta de ser uma chacota total: a cena da menina assassinando as outras garotas com uma faca ficou bastante estranha dentro do contexto de comédia. Esse filme não é recomendado para crianças pequenas, pois as cenas são bastante violentas e impactantes, mesmo para um projeto de humor negro.
O elogio vai para a fotografia de Marcos Ribas, que consegue provocar grandes efeitos de luz para as cenas. Pena que Dani Cababresa apareça pouco no filme. Ela é uma ótima comediante.
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