sábado, 9 de março de 2019

Lords of Chaos

"Lords of Chaos", de Jonas Akerlund (2018) O ano de 2018 trouxe o Diretor de video clips de Mega estrelas de volta ao mundo do Cinema. O Dinamarquês Jonas Akerlund dirigiu clips de Madonna, Beyonce, Coldplay entre outras estrelas pop. Em 2018, além da cinebiografia da banda de Black Metal da Noruega, Mayhem, Akerlund dirigiu para a Netflix o filme adaptado dos quadrinhos "Polar", com Mads Milkensen. Ambos os filmes são super estilizados e com violência extrema. "Lord of Chaos" começa no início dos anos 80, quando existe a primeira formação da Banda de Black Metal "Mayhem". Geralmente associada ao culto satânico, o Black Metal ganhou força na Noruega principalmente por causa da Mayhem. Fundada por Øystein Aarseth (Rory Culkin, irmão de Macaulin) , conhecido artisticamente como Euronymous, ele era o guitarrista da banda. Em 1988, o vocalista Pelle 'Dead' Ohlin (Jack Kilmer, filho de Val Kilmer) entrou para a banda. Euronymous o convidou após Dead ter enviado uma fita K7 incluindo um porco da índia morto no envelope. Os shows da Mayhem com Dead ficaram bastante conhecidos: Antes de entrar no show, Dead cheirava um saco com um animal morto dentro para poder sentir o cheiro da morte. Ele vestia também roupas que ele enterrava e os desenterrava com germes. Nos shows, ele se cortava com faca e cacos de vidro, e jogava sangue e cabeças de porco na platéia. Em 1991, ele se suicidou, cortando seus pulsos, pescoço e dando um tiro de espingarda na testa. Ao invés de chamar a polícia, Euronymous tirou foto do morto ( a foto virou capa de um dos Lps da banda) e com pedaços do crânio, ele fez colares. Varg Vikernes ( Emory Cohen, de "Brooklyn") entrou para a banda como baixista. Com índole de psicopata e odiando igrejas católicas, ele incendiou várias delas. Em 1993, ele assassinou Euronymous com dezenas de facadas, por conta de desavenças de contrato e supostas ameaças de morte. Jonas Akerlund, como já mostrou em "Polar", gosta de violência extremada e tem gostinho pelo sadismo. Aqui no filme, tem pelo menos 3 Sequências de deixar o espectador comum tenso e querendo sair do cinema: o assassinato de um gay pelo um dos integrantes homofóbicos da banda; o assassinato de Euronymous; e o suicídio de Dead. Não são cenas fáceis de serem vistas. Aliás, esse filme dificilmente pode se recomendar a alguém assistir: é cruel, é horripilante, é devastador. Mostra um mundo sórdido, de uma juventude depressiva e auto destrutiva. Eu particularmente não curto Metal, foi difícil escutar as músicas. Mas curti a curiosidade de que Jonas Akerlund foi baixista de uma banda de Black Metal nos anos 80, dai a sua familiaridade com o tema. Duas coisas que não curti no filme: Sua duração de quase 2 horas, que pareciam intermináveis! E o fato do filme ser falado em inglês e com parte do elenco formado por atores americanos. entendo que exista uma distribuição internacional, mas perdeu muito do realismo do projeto, que é sobre a cultura norueguesa. O verdadeiro Varg Vikernes que hoje em dia tem uma banda de Metal, odiou ser interpretado por um ator judeu e segundo ele, Gordo. Pelo visto, ele continua um psicopata.

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