domingo, 10 de março de 2019

Vampyr

"Vampyr", de Carl Theodor Dreyer (1932) Logo após a sua obra-prima “A paixão de Joanna D’arc”, o Cineasta dinamarquês Carl Dreyer realizou o seu primeiro filme falado. Tendo como base os contos sobrenaturais “In a glass darkly”, de J. Sheridan Le Fanu’s, Dreyer filma uma história de vampiros expressionista, gótica. O filme foi financiado pelo Barão Nicolas de Gunzburg, um jovem francês milionário descendente de russos judeus, e que acabou interpretando o protagonista, Allan Grey. A família de Nicolas não concordava que ele fosse Ator e por isso, ele bancou o projeto. Mesmo sendo seu primeiro filme sonoro, Dreyer manteve as cartelas informativas ao longo da projeção. Além do Barão, Dreyer escalou em sua maioria não atores que moravam nas locações. Um processo inverso ao filme “A paixão de Joanna D’arc”, onde Dreyer trabalhou com atores de teatro. “Vampyr” consta em algumas listas de melhores filmes de todos os tempos. É um filme complexo, que lida com surrealismo, fantasia e sonho. Allan Grey é um estudioso de vampirismo e de forças sobrenaturais. Em suas jornadas, ele acaba chegando no vilarejo de Counterpierre, e se instala em um albergue. Um homem vem procurá-lo de noite e lhe entrega um pacote que somente deve ser aberto quando o homem morrer. Allan acaba indo parar em um Castelo, onde mora esse mesmo homem que o procurou e suas duas filhas, Giselle e Leona. Giselle está doente, de cama, e a é que ela esteja se tornando uma vampira. Essa sinopse simplifica a história que está sendo contada, mas o filme é muito mais do que isso. Existem cenas confusas, que ficamos na dúvida se é delírio ou não de Allan. Visualmente, o filme é incrível, com uma atmosfera de eterno pesadelo, e esse filme com certeza inspirou muitos filmes de terror que viriam a seguir. Não é dos meus preferidos de Dreyer, mas é inegável a importância desse filme para a história do cinema.

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