quarta-feira, 13 de março de 2019

Doce Amianto

"Doce amianto", de Guto Parente e Uirá dos Reis (2013) Produzido pelo Coletico do Ceará “Alumbramento”, que já realizou dezenas de curtas e vários longas, ‘Doce Amianto” é escrito, dirigido e montado por Guto Parente e Uirá dos Reis. Guto faz ainda a narração em off, e Uirá interpreta 2 personagens: a Fada Madrinha Blanche, e Carlos. “Doce Amianto” é uma fábula experimental LGBTQ+. Talvez a sua maior influência visual seja o filme “Coração selvagem”, de David Lynch, e os filmes do português João Pedro Rodrigues, realizador de “O ornitólogo”, “O Fatasma” e “Eu sou a minha própria mulher”, todos filmes experimentais. O filme poderia se chamar ‘Doce Amianto, a que amou demais”, referência ao filme de John Schlesinger com Julie Christie. Amianto é uma travesti que foi abandonada por seu amante, chamado de O Rapaz. Amianto sofre, e sua dor vem embalada com músicas bregas e muitas cores fortes. A Fada Madrinha Blanche surge e lhe conta uma história para amaciar seu sofrimento. Ela conta a história dela mesma antes de virar Fada Madrinha., quando era um homem que um dia acordou cheio de manchas e revoltado, resolveu assassinar a tiros pessoas na praçam sendo morto por um policial. Acabou virando Fada Madrinha. As performances são intencionalmente como se estivessem atuando em teatro infantil, todas as falas declamadas. É um filme estranho, bizarro. Amianto é uma figura trash, com maquiagem exagerada e peruca loira vagabunda, parecida com a Fada Madrinha que surge em “Coraçao selvagem”. Blanche parece uma caricata performática. O final reserva uma cena de sexo visceral, um presente da fada Madrinha para a Doce Amianto, a que sofre por Amor.

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