domingo, 31 de março de 2019

Gloria Bell

"Gloria Bell", de Sebastian Lélio. Em 2013, o cineasta chileno Sebastian Lélio lançou o drama "Gloria", que falava sobre uma mulher de 50 anos, estagnada na vida e que frequentava boites para conhecer homens de sua idade, para espantar a solidão. Esse retrato frio e cruel sobre o início da terceira idade trouxe muitos prêmios, entre eles o de Melhor Atriz no Festival de Berlin para Paulina Garcia. Sebastian Lélio foi ganhando destaque no mundo todo, até atingir o seu ápice com o Oscar de filme estrangeiro em 2018 com o drama "Uma mulher fantástica". Agora, Sebastian refilma o seu drama com elenco americano, e rebatizou de "Gloria Bell", protagonizado por Juliane Moore. A estrutura narrativa mantem-se bem semelhante, mudando alguns pequenos sub-plots. Gloria continua uma aficcionada por músicas dos anos 70 e 80, conhece homens nem tão honestos assim, tenta se relacionar com seus 2 filhos distantes. Gloria quer ser feliz, mas a felicidade traz consigo frustrações. O elenco tem participações de Michael Cera, Sean Astin e um John Turturro magnético no papel do sedutor Arnold. Mas o filme é de Juliane Moore. ela nem seria a escolha ideal para o papel, pois Julianne é uma Diva e de uma beleza fulminante. Mas ela transborda tanta paixão, sentimentos vários nesse personagem complexo, que fica impossível não aplaudi-la várias vezes em cena aberta. A fotografia, a trilha sonora delicada e claro, a perfeita direção de Sebastian conferem ao filme uma grandeza em um filme tão minimalista. O curioso é que Sebastian trouxe um humor tipicamente de Woody Allen para situações, fazendo os espectadores morrerem de rir com o patético. A trilha sonora é repleta de hits pops e românticos dos anos 70 e 80.

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