"Valley of the dolls", de Mark Robson (1967)
Jaqueline Susan foi uma escritora best seller dos anos 60 e 70, e "Vale das bonecas", uma de suas obras mais conhecidas, vendeu mais de 30 milhões de exemplares. A adaptação cinematográfica foi lançada em 1967, e foi um verdadeiro escândalo, pela sua visão conservadora em relação ao sexo e ao uso de drogas. "Dolls" era uma gíria às drogas. O cineasta Mark Robson, que há 10 anos atrás havia lançado seu clássico do melodrama, "A caldeira do diabo", com Lana Turner, realizou em "Vale das bonecas" , um dos filmes mais cultuados da cultura gay, com cenas, diálogos e visual copiados pela comunidade, por conta do visual Kitsch e das extravagâncias apresentadas nos figurinos, na direção de arte, figurino e performances de suas estrelas. Barbara Perkins, Patty Duke Austin e Sharon Tate dão vida à Anne, Neele e Jennifer, Anne vem de uma cidade pequena para Nova York, em busca de um sonho, de trabalhar no mundo do entretenimento. Neelie é uma cantora com problemas de polaridade. Jennifer é uma corista insegura, é pressionada por sua mãe que pede dinheiro e acredita que os homens só querem seu corpo. As três irão se envolver com homens que as deixam infelizes, e o mergulho em bebidas e drogas torna-se inevitável.
O filme ficou famoso pela música tema cantada por Dionne Warwick. O selo Criterion Colection, destinado a filmes fundamentais para a história do cinema, colocou o filme em seu catálogo, deixando claro a importância do filme para a cultura pop. Judy Garland havia sido escalada para um papel de uma estrela decadente, mas por problemas com álcool, foi substituída por Susan Hayward, vencedora do Oscar de melhor atriz em 59 por "Quero viver".
Assistir ao filme é uma delicia, uma cafonice maravilhosa, com performances exageradas das atrizes, em momentos de histeria e surtos. Não à toa, artistas trans e drags vivem copiando as cenas. Sharon Tate foi assassinada por dois após esse filme.
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