"Come away", de Brenda Chapman (2020)
Em 2018, a Disney lançou o filme "Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível", dirigido por Marc Foster, e que contava a história do autor do Ursinho Pooh. O filme, no entanto, surpreendeu pela sua tristeza e melancolia e pela aura da morte que exalava o filme todo, deixando quase nenhum espaço para a fantasia, advinda do protagonista, que se escorava no lúdico para fugir do seu triste mundo real.
"Alice e Peter- Onde nascem os sonhos" segue o mesmo caminho, e no final, fica difícil entender qual o público alvo. Muito depressivo para crianças, muito lúdico para adultos. Talvez o melhor alvo seja o público com a Síndrome de Peter Pan, os adultos que se mantém com a sua criança em seu interior. O filme traz aquela mensagem sobre jamais deixar de sonhar, jamais deixar a criança que existe em todos nós morrer.
No Século XIX, uma família mora em uma casa no meio da floresta. Os pais, Jack (David Oyelowo, o Martin Luther King em 'Selma") e Rose (Angelina Jolie) moram felizes com seus 3 filhos: David, 12 anos, Peter, 10 anos, e Alice, 8 anos. Quando uma tragédia se abate sobre a casa, resta a Alice e Peter se debruçarem em seus sonhos, para poder fugir da depressão que se abateu em sua casa.
Brenda Chapman dirigiu os desenhos 'Valente" e "O príncipe do Egito", e escreveu os roteiros de "O Rei leão"e "A bela e a fera". Todo esse currículo em produções de sucesso não foi o suficiente para trazer carisma e charme ao filme, escrito por Marissa Kate Goodhill. O filme é muito bonito visualmente, tem ótimos efeitos, direção de arte, figurino e maquiagem. A fotografia e a trilha sonora também são caprichadas. O que faltou foi tirar o excesso de melancolia. Gosto do filme, mas queria ter saído com um sorriso do final do filme.
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