sexta-feira, 11 de junho de 2021

Lua vermelha


"Lúa vermella", de Lois Patiño (2020)
Escrito, fotografado e dirigido pelo cineasta da Galícia Lois Patiño, "Luz vermelha" é um drama experimental que traz elementos do cinema de Terrence Malick no visual, mas na sua forma, está mais próximo de filmes que buscam uma nova linguagem.
Como contar um filme onde existe uma vontade de criar simbolismos se apropriando de atores e uma esplêndida natureza?
Em uma Ilha da costa da Galícia, os moradores estão todos paralisados, fruto da invasão de um monstro que chegou e tirou o poder de movimento de todos. Ainda assim, as pessoas têm pensamentos em off, refletem sobre uma luz vermelha, sobre as pessoas, sobre a ilha. De repente, três feiticeiras aparecem, procurando por Rubio, um marinheiro desaparecido.
Muito abstrato falar sobre o filme. Cada espectador certamente terá uma interpretação. A forma fala mais do que o conteúdo, é um filme muito arriscado sem nenhum poder para seduzir platéias gerais. Cabe aos cinéfilos buscar referências e pesquisas históricas sobre a Galícia e talvez sobre uma metáfora de colonização. A fotografia é deslumbrante, com planos absurdamente belos da natureza. O filme competiu e ganhou diversos prêmios em importantes festivais.

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