"Transe", de Diego Moraes (2021)
Peça filme dirigida por Diogo Moraes e roteirizada por Pedro Henrique Lopes, que além de protagonizar no papel de João, produz, edita e mixa esse projeto que deveria ter sido lançado como peça teatral no rio de Janeiro, mas por conta da pandemia, foi executada como cinema. O filme foi rodado em um apartamento em Santa Teresa, e tem um visual estonteante cartão postal da cidade, com linda fotografia.
A trama de início parece bem confusa, mas ao longa da narrativa o espectador vai entender referências principalmente de "O clube da luta", de David Fincher: a disputa de uma pessoa, João, em conflito com o alter ego que ele criou, o garoto de programa Nicolas (Oscar Fabião). Os dois são opostos em tudo: João é inseguro, tem questões com seu corpo e por isso, toma remédios que o deixam paranóico. Nicolas é seguro, se acha, tem um corpo trabalhado, é sensual e dono de si. Chega uma hora que João já não sabe mais quem ele é.
Levado em consideração as limitações orçamentárias, "Transe"é um produto bem acabado, com bela trilha, fotografia bonita, direção de arte eficiente e um trabalho orgânico dos dois atores, em personagens baseados em relatos de garotos de programas reais.
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