"Stardust", de Gabriel Range (2020)
Biografia musical de David Bowie durante os anos de 71 a 72, quando houve a sua transição para o seu famoso personagem de Ziggy Stardust.
O filme não teve a autorização da família de Bowie, logo, nenhuma música dele entrou no filme. E aí fica a pergunta: fazer uma cinebiografia musical sem músicas de Bowie funciona?
Infelizmente, faltou alma pro filme, e certamente, incluir 'Space oddity" ajudaria muito a dar essa energia que falta. O filme certamente veio na carona dos sucessos de "Ropcketman" e "Bohemian rhapsody", que foram projetos milionários. "Stardust" é minimalista, visivelmente um filme feito com orçamento mínimo.
Johnny Flynn ( de 'Emma" e "Beast" ) dá vida a Bowie. O ano é 71, ele está casado com Ang (Jena Malone) e acaba de se desfazer de sua banda. Bowie lançou um disco em Londres, mas o disco não estourou. Ele decide fazer um tour pelos Estados Unidos através da gravadora Mercury. Mas ao passar pelo fisco noa aeroporto de Washington, ele fica impedido de fazer o tour, por não ter um visto. Ele acaba sendo convencido pelo produtor Ron Oberman a fazer um tour em festas particulares e em bares pelas cidades americanas. Paralelo, Bowie convive com os rompantes de Ang e com a esquizofrenia de seu irmão Terry. Tudo irá desembocar no ano de 72, quando Bowie criará seu alter ego Ziggy Stardust.
Uma pena que o filme não seja a biografia que os fãs esperavam, com a grandiosidade e carinho que Bowie merecia. Johnny Flynn faz o que pode, mas a peruca e a prótese dentária dão um ar muito estranho à sua caracterização. Jena Malone tem uma personagem bastante ingrata, sempre sendo vista em surtos ou histeria, gritando com Bowie.
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