sexta-feira, 15 de maio de 2020
Homeless
"Homeless", de Clay Riley Hassler (2015)
Poderoso drama de baixo orçamento, realizado com não atores e sem tetos reais. Vencedor de prêmios em festivais de cinema independente, é um dos filmes mais tristes e comoventes que vi recentemente.
O diretor Clay Riley Hassler quiz dar o máximo de realismo possível, e para isso, além dos atores não profissionais, ele filmou em locações reais: a instalação que abriga os sem teto, o presídio.
Gosh é um adolescente de 18 anos que tinha tudo para se dar bem: ele é jovem, bonito, branco e loiro. Mas Gosh também é um sem teto. Após a morte de sua avó, que ele tomava conta, e com seu pai preso por um crime, Gosh ficou sem condições de pagar o aluguel da casa. Com apenas uma sacola de lixo onde ele coloca suas roupas, Gosh vai se abrigar em uma instalação de sem tetos. Malvisto pelos outros, por ser jovem e com cara de rico, Gosh acaba sendo expulso do local após uma infração: ele estava escutando no Ipod, as músicas que ele tocava em sua banda, quando era guitarrista. Na rua novamente, Gosh acaba sendo "acolhido"por uma funcionária de um restaurante chinês de um shopping, que consegue um emprego para ele na loja. Mas a crise econômica no país mudam as pessoas, e Gosh ainda irá spfrer bastante.
O diretor e cineasta Clay Riley Hassler estréia nos longas com esse drama arrebatador, totalmente calcado no protagonista Gosh, um trabalho extraordinário e comovente de Michael McDowell, que expressa em seu trabalho corporal e suas feições toda a tristeza do mundo. O filme coloca o personagem no fundo do poço e dali não sai mas, apesar das tentativas. É um filme duro, cruel sobre uma América dos sonhos que não existe. Todo o restante do elenco, principalmente a atriz Julie Dunagan, que interpreta a mulher que acolhe Gosh, estão bárbaros. A cena de Gosh conversando com seu pai na prisão é muito pungente e um lindo trabalho de roteiro e de atuação
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