domingo, 31 de maio de 2020
Ninguém crê em mim
"The windown", de Ted Tetzlaff (1949)
Ótimo filme B noir de 1949, com uma criança como protagonista. é uma adaptação de um conto do escritor Cornell Woolrich, mesmo autor de "A janela indiscreta", de Hitchcock, que seria lançado 5 anos depois. "Ninguém crê em mim" acaba sendo um laboratório ara a obra-prima de Hitchcock. Um menino, Tommy (Bobby Driscoll), de 10 anos, em um dia de muito calor em Nova York, pede autorização para os seus pais para dormir no terraço do prédio. De lá, ele acaba testemunhando um assassinato por uma janela: um casal de vizinhos assassina um homem. Tommy desesperado tenta contar para seus pais, mas eles não acreditam nele ( Tommy já tinha um histórico de contar histórias fantasiosas). Tommy segue para a polícia, que também não acredita nele. Até que a mãe de Tommy o leva até o apartamento dos vizinhos para pedir desculpas, e os vizinhos acabam sabendo que o menino testemunhou o crime.
Uma delícia de suspense, que tem o talento do super star Bobby Driscoll, então com 11 anos, para estrelar o filme. Driscoll já havia feito sucesso em filmes da Disney, como "A canção do sul", e foi cedido pela Disney, fato que consta inclusive da cartela de abertura do filme. O que mais me entristeceu foi pesquisar sobre a vida de Bobby Driscoll: ele foi muito famoso quando criança, inclusive serviu de modelo e voz para a animação de Peter Pan. Mas ao crescer, foi perdendo trabalhos e acabou no ostracismo, se afundando em drogas pesadas como heroína e cocaína. Acabou morrendo de overdose aos 31 anos, tendo sue corpo encontrado por crianças em um terreno. Foi enterrado como indigente. Vendo o filme, dá para perceber o grande talento do garoto, que sabe lidar com cenas de humor, tensão e drama.
Realizado com pouco orçamento o filme constrói um suspense light, até porque tem uma criança no filme. Mas funciona bastante, e a sequência final, no telhado, é muito bem feita.
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