Possessor

"Possessor", de Brendon Cronemberg (2020) O roteirista e cineasta Brendon Cronemberg é filho de David Cronemberg, e isso explica muito o conceito desse filme de ficção científica "Possessor". Brendno se lançou como cineasta em 2012 com 'Antivral", e ambos os filmes lidam com muito com o tema que seu pai realizava nos seus clássicos doa anos 70 e 80: 'Sacnners", "Videodrome", "Rabid", "Gêmos, mórbida semelhança": são todos filmes sobre o "Body modification", pu como o ser humano é invadido por elementos que o fazem se transformar em vítimas de produtos resultantes da tecnologia ou da ciência. "Possessor" tem elementos de todos esses filmes citados. Em uma obscura empresa cibernética, onde clientes contratam serviços para assassinar seus desafetos, uma das agentes, Tasya, após uma missão bem sucedida, pede para a sua chefe, Girder (Jennifer Jason Leigh, que já havia trabalhado com David Cronemberg em 'Existenz") um descanso. Girder rescusa, pois Tasya é uma de suas melhores agentes. O esquema da empresa é criminoso: eles sequestram alguns "hospedeiros"e implantam chip na cérebro deles. A agente "domina"a mente do hospedeiro, fazendo com que ele cometa um assassinato. Na sua próxima missão, Tasya se hospeda na mente de Colin, mas algo dá errado e ela acaba presa na mente dele, ficando um hospedeiro em conflito entre a mente de duas pessoas. O roteiro de Brendon é bastante complexo e confuso, e é melhor não querer ficar pensando muito em explicações pois talvez não haja. O que difere Brendon do seu pai, é que os seus filmes são mais existencialistas e herméticos. David vai direto ao assunto. O filme acaba se tornando um grande tédio estilizado com fotografia hiper realista e uma ousada cena de sexo explícito. Se prepare também para algumas cenas bem violentas. O filem é vendido como terror, mas está longe disso. É uma fantasia de ficção científica com toques de experimentalismo. O filme foi lançado no Festival de Sundance no início de 2020.